A biblioteca Amélia Pais terminou as comemorações do Centenário de Saramago, deste ano letivo, com a divulgação explícita de passagens do livro Viagem a Portugal que intitulou de “O olhar de Saramago sobre Leiria”, por ocorrer no mês de maio, mês da cidade.
São 3 ou 4 entradas sobre a Sé, o Castelo, a Igreja da Pena e o Pinhal de Leiria e breves considerações sobre o que vê, ouve e imagina.
Se bem que se tenha ido construindo mês após mês um mural sobre o escritor a par da exposição dos seus livros existentes na biblioteca escolar (BE), e que estiveram ao dispor da comunidade, outras atividades houve, como as que integraram a Semana da Leitura ou o próprio Concurso Nacional de Leitura ou as leituras de excertos em sala de aula – “5´de leitura/Vou levar-te comigo!”, que foram atividades mais dirigidas.
Considerando que todas as turmas de 12º ano dos cursos científico-humanísticos e de 3º ano dos cursos profissionais abordam um dos romances do Nobel da Literatura, poder-se-á concluir que outros empréstimos decorreram dessas outras atividades?
Permito-me uma reflexão: os dois últimos anos, mercê dos condicionalismos relacionados com período de quarentena dos documentos emprestados,do alargamento do corpus de títulos do Projeto de Leitura na disciplina de Português conduziram a um decréscimo efetivo do número de empréstimos bem como da utilização do espaço da BE. Mas o espaço da biblioteca alargou-se porque passou a estar à distância de um clique. Contudo, e por falr em “clique”, curiosamente temo-nos deparado com a recusa sistemática por parte dos alunos em requisitarem dispositivos da BE para leitura. No entanto, a biblioteca digital apresenta consultas significativas de documentos ali disponibilizados.
Como corolário deste ano letivo, as bibliotecas escolares, por intermédio do Grupo de Trabalho da Rede de Bibliotecas, tiveram a possibilidade de incentivar os professores de Português a assistir com as suas turmas ao filme “José e Pilar”, seguido de conversa com o realizador. Para os nossos alunos, foi uma experiência ímpar e assistir ao documentário numa sala de espetáculos, Teatro Miguel Franco, é bem diferente de o fazer na escola, mesmo que haja boas condições técnicas.