Na EB de Gândara dos Olivais, a “biblioteca” foi às 6 salas de aula
levar um pouco da história da Aninha.
Aninha era uma menina alegre, divertida e muito sonhadora!
Sonhava de olhos abertos, durante a maior parte do dia.
Na escola, a professora dizia-lhe:
“Aninha, deixa a fantasia e lê para os teus amiguinhos a fábula da cigarra e da formiga!”
Mas ela só tinha sete anos… e, por isso, continuava a sonhar sem parar, mesmo de olhos abertos.
E sabem que mais ela tinha? Uma caixinha de surpresas que debaixo da cama escondia!
Começou por aí guardar o bolo de que mais gostava, o chocolate que mais a deliciava e outras tantas guloseimas que tanto prazer lhe davam.
Mas sabeis o que lhe acontecia?
Ou à noite elas desapareciam, devoradas pela sua boca gulosa, ou acabavam estragadas dentro da noite, naquela caixinha.
Então, Aninha começou a recolher tudo o que não se comia, mas que o seu coração aquecia:
            o sorriso mais doce da mãe,
            o olhar mais quente do pai,
            a estrelinha mais cintilante,
            a lua cheia mais prateada,
            e o raio de sol mais atrevido!
E, assim, Aninha, compreendeu o que tinha de ser compreendido!
Passaram a existir apenas dois pequenos seres vivos que habitavam a sua caixinha, um bichinho de conta, muito redondinho e um belo e frágil pirilampo. (História ouvida no Programa Rua das Flores, RTP2)
E, aqui para nós, eu penso que todos temos uma caixinha de surpresas onde guardamos com especial carinho os nossos segredos de infância e tudo o que deu um dia bem-estar.